Selos de qualidade de Paredes e Pacense “em avaliação” após registos de legionella e covid-19

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Os selos “Portugal a Nadar Seguro”, atribuídos pela Federação Portuguesa de Natação ao município de Paredes e ao Clube Aquático Pacense “estão a ser avaliados”, segundo o presidente António José Silva, numa semana em que foi detetada uma contaminação por ‘legionella’ na piscina Rota dos Móveis, em Recarei (Paredes), e de estar confirmado (pelo menos) um caso de covid-19 de um treinador de polo aquático do Clube Aquático Pacense, encontrando-se 21 jogadores em quarentena.

Esta iniciativa da FPN tem como objetivo atestar o cumprimento de todos os procedimentos de segurança sanitária junto das entidades aderentes ao programa “Portugal a Nadar”.

“A FPN está a avaliar com a equipa que faz parte da atribuição do selo as condicionantes relativas a atribuição nessas entidades. O selo de qualidade não garante nem poderia garantir a possibilidade de existência em fase pandémica de casos. O que garante é que estão a ser devidamente implementados os protocolos de segurança, desinfeção e higienização em conformidade com as orientações da DGS. Não obstante, são casos distintos e que serão analisados em conformidade. Em qualquer dos casos as instalações estão encerradas [Recarei], o que demonstra, neste particular, uma atitude responsável das entidades, prevista aliás nos planos de contingência apresentados para validação do selo de qualidade”.

Mas afinal, quem controla e verifica se as entidades estão a cumprir os requisitos para manterem esta certificação? O líder federativo esclarece: “A atribuição do selo é documental. A existência dos protocolos mencionados e de condições de funcionamento está prevista nas competências regionais dos protocolos de proteção civil. De relembrar que as próprias entidades para abrir têm a autorização após a mesma verificação da delegação de saúde. A FPN recomenda simplesmente alterações aos planos de contingência às entidades que requerem e em conformidade com a atribuição legal. O mesmo sistema da FPN está a ser utilizado nos ginásios e academias de Portugal e nas unidades hoteleiras (selo safe and clean). Por último reforçar que a existência de um caso de um treinador de polo de Paços de Ferreira não pressupõe que esse caso tenha sido sequer decorrente de um contágio na piscina. Há que ter calma e ponderação”.

Para o líder federativo, “a abertura e/ou encerramento das instalações está sempre pendente da evolução e/ou evolução da situação pandémica”.

“Como é óbvio, se a situação se agravar, ninguém o desejando, medidas complementares deverão ser implementadas. As medidas de higiene, segurança e desinfeção garante a segurança possível numa fase em que o risco associado existe, mas a resposta a essa questão deve ser feita às entidades respetivas e não à FPN que não é entidade detentora de instalações”, conclui António José Silva.

Até ao momento, são 24 as entidades certificadas com o selo “Portugal a Nadar Seguro”: Aminata – Évora Clube de Natação, Município de Aljustrel – Piscina Municipal ao ar livre, Clube Naval da Horta, Ginásio Clube de Vila Real, Município de Estarreja, Município de Viseu, Sporting Clube de Aveiro, Câmara Municipal de São João da Madeira, Clube dos Galitos, Portinado, Município de Lagoa, Búzios – Associação de Nadadores Salvadores de Coruche, Viver Santarém, Desmor, Complexo Desportivo Colégio de Lamas, Escola de Natação do Vitória, Município de Felgueiras, Município de Paredes, Clube Aquático Pacense, Ginásio Clube de Santo Tirso, Município da Guarda, Município de Arganil, Juventude Atlântico Clube e Município de Ansião.

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